segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Elevação

     Depois de muito tempo de sumiço, eu criei coragem pra vir da uma atualizada aqui...
Ultimamente eu ando eu meio espiritualista, tentando entender algumas coisas que nos cercam, buscando em livros, religiões, filmes, palestras, cursos...  Quem me conhece sabe que eu tenho uma visão meio mística do mundo. Eu adoro coisas ligadas à natureza, a terra, água... A questão é que eu ainda não encontrei uma resposta, mas essa minha procura está me ajudando a viver mais feliz.
     Há uns dias atrás, eu estava lendo uma matéria onde falava que nós tínhamos que tirar no mínimo um dia na semana pra andarmos descalços sobre a grama... Bem, hoje eu fiz isso!
     Hoje eu fui para ao estágio, como de previsto, cheguei mais cedo, e como eu trabalho em um lugar extremamente arborizado, com uma mata linda, aproveitei e tirei um tempinho pra pensar na vida. Sentei-me debaixo de uma árvore, tirei os sapatos e pus os pés na grama, essa que estava bem geladinha e molhada. Os pássaros estavam cantando e o clima estava super agradável e sem muito barulho, aproveitei pra relaxar e descarregar as minhas energias pesadas e me senti mais próximo de Deus. Fazia muito tempo que eu não sentia o que eu senti hoje, foi muito bom tirar um tempinho pra ficar sozinha, sentindo a energia da natureza, me curtindo e meditando. Eu acredito que em um lugar onde trabalham tantas pessoas, quase ou ninguém faz isso, de tirar um tempinho pra contemplar a natureza, mesmo estando rodeado por ela.

     Em um tempo, onde o trabalho ocupa quase todo o tempo que nós temos, às vezes esquecemos-nos de dar uma folguinha para o nosso corpo, mente e espírito. É de fundamental importância deixar um tempo livre para se curtir um pouquinho, mesmo que não seja em uma floresta, mas há também outras formas de relaxar, como a dança... Um exemplo de elevação através da dança é a dos Dervixes Mevlevi, onde eles giram em harmonia com o som. Rumi, o percussor dessa dança disse: "Um giro secreto em nós faz girar o universo. A cabeça desligada dos pés e os pés da cabeça. Nem se importam. Só giram e giram."
     Eu confesso que adoro dançar, independente da música. Às vezes quando eu estou sozinha em casa, ponho uma música e fico dançando, inventando coreografias, pulando, me esticando, sentindo a música, às vezes eu fico tão envolvida com o ritmo, que eu perco noção do tempo, e também perco umas calorias (risos). Você pode escolher qualquer estilo musical, contanto que ele lhe deixe com vontade de dançar, e te permita liberar as energias, elevando seus pensamentos.
     Muitos de nós estamos precisando aproveitar bem o nosso tempo livre, cultivar plantas, criar um animalzinho, dar atenção a quem nós amamos, dar um abraço em alguém, fazer um elogio, rir, tomar um banho de rio, dormir bem, namorar, se namorar... Independente da nossa religião e crenças, vamos parar para olhar o que há ao nosso redor e vamos desfrutar de todo bem que a natureza pode nos oferecer, e claro, sempre respeitando os limites dela!  Assim podemos equilibrar a correria do dia-a-dia sem prejudicar a nossa paz espiritual e a paz da natureza.


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Aêêêêêê, calouro!

    
    Vai chegando o fim do ano, e várias instituições de ensino superior começam a liberar os listões com os nomes dos aprovados em seus vestibulares. É festa, churrasco, ovo, trigo, tinta. Depois começa a correria atrás das documentações, ansiedade, dúvidas... Uffa, até que enfim, você é calouro... Calouro? Mas você é calouro? Putz, é calouro! Ah, tinha que ser calouro, né?
     
    Ultimamente eu venho reparado em alguns posts de amigos no Face, e a coisa mais comum é ver comentários RIDÍCULOS, pra amedrontar os calouros, como “ah, o curso é muito difícil, você tem que ser o cara pra conseguir passar de semestre”, “muita gente desiste”, “vocês calouros estão se achando, só porque conseguiram entrar”...  Sinceramente? Esse tipo de comentário é totalmente desnecessário, pois eu acredito que quando alguém escolhe fazer qualquer coisa na vida, ela no mínimo deve saber com que vai lidar, principalmente em relação ao curso que escolheu para sua graduação, e quando os veteranos deveriam dar forças, a “melhor” coisa que eles fazem é jogar areia na galera que tá entrando, botando medo, que não ajuda ninguém a chegar a lugar algum...          
    Eu tive a sorte de não passar por certos tipos de situações tensas, porém eu conheço muita gente que passou por algo do tipo, e quando isso acontece, o único resultado é o afastamento entre calouros e veteranos. Essa semana eu estava conversando sobre esse assunto com uns amigos, e um deles que é dono do Blog http://diariodeumestudant.blogspot.com/ começou a contar as dramáticas estórias de quando ele ainda era calouro de Ciência da Computação, e ele teve uma discussão com um veterano que tava tentando amedrontar os calouros falando das linguagens técnicas da computação, de como elas eram difíceis de aprender, e ele dignamente botou o veterano no chinelo, falando que já conhecia quase todas as linguagens, por causa do seu curso técnico em informática. Sim, ele ainda sabia mais linguagens que o veterano...
    O ano letivo começa e as piadas contra calouros também.  Brincadeiras sem graça, intimidação... Tudo pra tentar rebaixar os novatos. Essa briguinha ridícula entre veteranos e calouros tem que acabar! Mas é lógico que todo ano tem que ter um trotezinho básico com os calouros, né? O problema é que em algumas instituições esses trotes chegam a ser excessivos, humilhantes, discriminatórios e autoritários. (leia também em http://totefalandocolega.blogspot.com/2011/03/enfim-universidade.html).
     Veteranos já foram calouros e calouros um dia serão veteranos. O tempo passa e todos terão o mesmo diploma, todos terão cursado as mesmas matérias, todos compartilharão experiências iguais. E no fim, todo mundo vai ser farinha do mesmo saco!